sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Tela Gigante contra Violência Doméstica (Jornal de Noticias 22-11-09)

Com uma tela gigante, na qual cada pessoa que saísse no metro podia pintar, a UMAR esteve, ontem, na Trindade, no Porto, a chamar a atenção para a necessidade de combater todas as formas de violência contra as mulheres.
De acordo com Ilda Afonso, elemento da UMAR- União de Mulheres Alternativa e Resposta, desde que a organização abriu este ano um centro de atendimento às vítimas de violência doméstica, no Porto, "já por lá passaram dezenas de mulheres". "Não sei se já chegamos a uma centena, mas o número é de qualquer forma preocupante", revelou a responsável.
A actividade ontem levada a cabo pela UMAR na estação de metro da Trindade inseriu-se na iniciativa "16 dias de activismo pela eliminação da violência de género", organizada pela UMAR. A iniciativa serviu também para lembrar a efeméride que se assinala na quarta-feira, declarado dia da eliminação de violência contra as mulheres na ONU.
Ana Paula Canotilho, da direcção da UMAR, era dos elementos mais entusiásticos da iniciativa, convidando cada pessoa que saia ou entrava no metro a participar na pintura da tela gigante. "Esta acção de sensibilização visa, sobretudo, chamar a atenção dos jovens para a necessidade da eliminação da violência contra as mulheres", relatou Ana Paula, habituada que está a encabeçar acções deste tipo junto de diferentes núcleos escolares.
Sem esquecer o seu trabalho como professora, Ana Paula Canotilho revelou, por isso, ser "importante estar atento aos actos de violência contra as mulheres que muitas vezes começaram logo na fase do namoro".
A pensar nisso, a UMAR é também responsável pela actividade "Mudanças com Arte", que acontece junto de alunos do 2º e 3º ciclos, chamando a atenção para "questões de violência a partir da arte", descreve Ana Paula.
De pincel na mão, Sara Santos, 16 anos, achou a acção "importante". "È bom que as pessoas de uma vez por todas se sintam sensibilizadas para este problema", adiantou a jovem, "preocupada" que está com a existência de "mais casos de violência no namoro".


Marta Neves
martanevesa@jn.pt







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