sexta-feira, 26 de junho de 2009

Fotos da Inauguração do P'RA TI






26-06-2009 Inauguração do P'RA TI

A UMAR – União de Mulheres Alternativa e Resposta inaugurou hoje, às 11 horas, o P’RA TI – Centro de Atendimento e Acompanhamento a Mulheres Vítimas de Violência, apresentado em conferência de imprensa pela Presidente da UMAR, Professora Doutora Maria José Magalhães, contou também com as intervenções, da Mestre Elza Pais, Presidente da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género e do Director do Centro Distrital de Segurança Social do Porto, Dr. Luís Cunha.

Estiveram ainda presentes representantes de várias Instituições da Cidade e do Distrito do Porto: Governo Civil, Câmara Municipal do Porto, Comando Metropolitano da PSP, Brigada Territorial da GNR, Departamento de Investigação e Acção Penal, entre outros.

A abertura deste centro concretiza um desejo antigo da UMAR, que ao longo dos últimos dois anos insistiu na necessidade de uma unidade deste género para o acompanhamento das mulheres vítimas de violência.


Recorde-se que o último Observatório de Mulheres Assassinadas da UMAR, divulgado em Maio, referia o Porto como o segundo distrito do país onde se registaram mais homicídios (7). Com o novo centro a UMAR quer contribuir para a redução destes números negros, procurando ser proactiva na identificação e acompanhamento dos casos mais problemáticos.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

"UMAR abre Centro de Atendimento e Acompanhamento a Mulheres Vítimas de Violência"Antena1 24-06-2009


A UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta inaugura na sexta-feira, 26 de Junho, às 11 horas, o P'RA TI - Centro de Atendimento e Acompanhamento a Mulheres Vítimas de Violência, destinado a dar resposta e apoio às vítimas provenientes do distrito do Porto e da Região Norte.

A abertura deste centro concretiza um desejo antigo da UMAR, que ao longo dos últimos dois anos insistiu na necessidade de uma unidade deste género para o acompanhamento das mulheres vítimas de violência.

Recorde-se que o último Observatório de Mulheres Assassinadas, divulgado em Maio, referia o Porto como o segundo distrito do país onde se registaram mais homicídios (7). Com o novo centro a UMAR quer contribuir para a redução destes números negros, procurando ser proactiva na identificação e acompanhamento dos casos mais problemáticos.

Inauguração do P'RA TI - Centro de Atendimento e Acompanhamento a Mulheres Vítimas de Violência

Sexta-feira, 26 de Junho
11h00
Rua do Paraíso, 250 - Porto
por: Filomena Crespo

"Mulheres agredidas têm novo centro para as acolher" Jornal de Notícias 25-06-2009


A União de Mulheres Alternativa e Resposta reabre esta sexta-feira o seu centro no Porto de atendimento a mulheres vítimas de violência doméstica que esteve encerrado dois anos.

O encerramento deveu-se à falta de apoios da Segurança Social, essenciais à prestação do serviço de acompanhamento de mulheres vítimas de agressões e suas crianças, através de equipas constituídas por técnicas qualificadas.

Com capacidade para atender três dezenas de mulheres por dia, o centro, que pode ser contactado através dos telefones 222025048, ou 910504600, é o terceiro da UMAR, uma organização que intervém na defesa da mulher em frentes como o apoio à vítimas, investigação científica e sensibilização nas escolas.

A organização, fundada em 1976, possui desde os anos 80 outros centros de atendimento na região Sul, cada um com capacidade para 80 mulheres por dia, bem como três casas-abrigo - duas no Sul e outra nas ilhas.

Os centros de atendimento, de localização não publicitada, para evitar a perseguição por agressores, são a primeira linha de apoio às mulheres vítimas de violência.

As mulheres - frequentemente acompanhadas por crianças - são recebidas por equipas constituídas por uma psicóloga, uma jurista e uma técnica de serviço social que possuem formação especializada.

"Até que reconstruam o seu projecto de vida e possam voltar a viver em segurança, não deixamos de acompanhá-las", explica a presidente da UMAR, Maria José Magalhães, que é docente e investigadora da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.

No primeiro atendimento, são identificadas as necessidades de apoio, inclusivamente junto do Ministério Público, com vista ao afastamento do agressor, e mesmo de colocação da mulher e dos filhos nas casas-abrigo, cuja localização é sigilosa, para proteger a integridade física e até a vida das vítimas.

Com uma capacidade total de 69 mulheres, as casas estão permanentemente "esgotadíssimas" e a organização recorre com frequência à ajuda de instituições semelhantes.

Isso acontece porque nem sempre a situação de risco se ultrapassa com a brevidade desejável nem a permanência legal de seis meses (prorrogável) é suficiente para que as vítimas vejam resolvida nos tribunais de Família a guarda dos filhos, obtenham habitação e ocupação profissional adequadas e readquiram capacidade para retomar a vida após o pesadelo.

"Quando nos aparecem aqui, vêm de rastos - com baixa auto-estima, problemas cognitivos, problemas de saúde física, por vezes tentação suicida", conta.

Aparecem quando a ruptura é inevitável - quando as agressões já são demasiado graves, demasiado frequentes e intensas e as fases "de lua de mel" demasiado curtas e raras, quando se esgota a capacidade para satisfazer todos os caprichos do agressor.

O processo começa muito cedo - no namoro frequentemente - "de mansinho", numa estratégia de cerco, fragilização e isolamento da vítima, e dura muitos anos, 12 a 15 em média. Por vezes, acaba por beneficiar da cumplicidade dos filhos adolescentes.

Até aos 6 ou 7 anos, explica, as crianças defendem a mãe; na adolescência mudam de atitude, porque há uma questão de poder em jogo: os rapazes tomam o partido do pai; as raparigas desistem e passam a desprezar a mãe. "Eu já disse à minha mãe que ela é que vai na conversa dele!", ouve-se.